Finalmente, é sempre bom lembrar que terras indígenas e unidades de conservação funcionam como um oásis no meio do fogo. Se, por um lado, também há queimadas nesses locais, as evidências deixam claro que ali ocorre um número muito menor de focos de calor e incêndios. De fato, as áreas protegidas são responsáveis por grande parte da preservação dos estoques de carbono e da provisão de água do país. Assim, a manutenção e a criação de novas terras indígenas e unidades de conservação, para além de inúmeros outros benefícios, auxiliam na contenção de incêndios.
Em um momento no qual a sociedade e o setor privado têm se posicionado de maneira tão contundente em prol da Amazônia, é importante fazer valer as políticas públicas existentes e lutar pelo bom funcionamento de nossos órgãos fiscalizadores e de gestão para que nosso aliado de milênios atrás, o fogo, não se torne apenas o vilão das manchetes de jornal.
O texto foi originalmente publicado no jornal NEXO dia 04 de setembro de 2020.
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https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2020/Brincando-com-fogo-biodiversidade-e-ecossistemas-em-perigo
conservação da biodiversidade