Por: Caio Marinho Mello Postado dia 13/05/2021Doutor, sócio-colaborador Instituto Neotropical Pesquisa e Conservação (INPCON )
Pesquisador no Grupo de Pesquisa Bioacústica, Ecologia e Comportamento Animal (BECA )
O interesse humano pelos animais vem desde nossas origens. Prova disso são as pinturas rupestres. Por vezes tais pinturas retratam animais, principalmente, sendo caçados ou cercados pelo homem. Em outro momento da história, deixamos de se interessar e retratar apenas os animais e passamos a observar também seus comportamentos. Extensos relatos sobre o comportamento de algumas espécies, domésticas e selvagens, podem ser encontrados em documentos antigos de diversas religiões politeístas e civilizações antigas. Isso se deve ao fato que muitas destas civilizações e/ou religiões cultuavam divindades antropozoomórficas – parte humana, parte animal. Portanto, tais divindades apresentavam caracteres/comportamentos da sua forma animal.
As civilizações avançaram e as observações sobre o comportamento animal se modificaram. Entretanto alguns tópicos permanecem os mesmos. A partir da observação do comportamento animal o ser humano foi capaz de:
a) Saber quando, como e do que poderia se alimentar.
b) Domesticar diversas espécies de animais.
c) Evitar a ação de animais predadores
Na era moderna o comportamento animal foi estudado por diferentes naturalistas: Charles Darwin, Charles Otis Whitman, Oskar Heinroth, Wallace Craig, entre outros. Mas a maior mudança no estudo do comportamento animal ocorreu na década de 1930. As observações feitas Nikolaas Tinbergenm, Konrad Lorenz e Karl von Frisch mudaram os rumos das observações do comportamento animal, que passou a ser chamado “Etologia”.
As civilizações avançaram e as observações sobre o comportamento animal se modificaram. Entretanto alguns tópicos permanecem os mesmos. A partir da observação do comportamento animal o ser humano foi capaz de:
a) Saber quando, como e do que poderia se alimentar.
b) Domesticar diversas espécies de animais.
c) Evitar a ação de animais predadores
Na era moderna o comportamento animal foi estudado por diferentes naturalistas: Charles Darwin, Charles Otis Whitman, Oskar Heinroth, Wallace Craig, entre outros. Mas a maior mudança no estudo do comportamento animal ocorreu na década de 1930. As observações feitas Nikolaas Tinbergenm, Konrad Lorenz e Karl von Frisch mudaram os rumos das observações do comportamento animal, que passou a ser chamado “Etologia”.

Atualmente, os estudos com comportamento animal vão além de simplesmente observar o comportamento das espécies. Eles apresentam relações diretas com outros campos da biologia como: ecologia, biologia evolutiva, neuroanatomia, neurobiologia. Os pesquisadores de hoje passaram a se interessar mais no processo comportamental em si, do que em uma única espécie ou em um grupo específico de espécies. Esse interesse faz com que um dos objetivos atuais de se estudar o comportamento animal esteja voltado para a conservação das espécies, o que permitiu o aprimoramento de técnicas de manejo, bem como técnicas de conservação e reintrodução de fauna.
Com o aumento da perda de diversidade global, a preservação das espécies necessita de métodos específicos de identificação, localização e monitoramento de indivíduos e populações. Nesse contexto, dados de comportamento animal são uma importante ferramenta para ser utilizada na conservação de espécies, principalmente, quando estas duas temáticas – comportamento animal e conservação – são tratadas em conjunto.
Em 1999, Charles Snowdon elencou razões pelas quais o estudo do comportamento animal gerou contribuições importantes para a conservação e manejo das espécies e recursos naturais:
conservação da biodiversidade