Por: Amina Razoni Postado dia 13/01/2021Analista ambiental, Educadora ambienta, Consultora Ambiental e Gestora
Vários pesquisadores acreditam que os problemas ambientais que o mundo enfrenta não são devidos apenas à quantidade de pessoas que o habitam e que necessitam consumir cada vez mais os recursos naturais para se alimentarem, vestirem e morarem. Os problemas são gerados pelo excessivo consumo de uma parcela da humanidade e no desperdício e produção de produtos nefastos e inúteis para manter boa qualidade de vida (REIGOTA, 2012).
Um estudo do ecólogo Stephen Pacala, da Universidade de Princeton comprova essa linha de pensamento. No relatório de 2010 do Instituto Akatu e do World Watch Institute, Pacala fala sobre a emissão de gás carbônico na atmosfera. O estudo mostra que, nessa época, apenas os 500 milhões de pessoas mais ricas do planeta (7% da população mundial) são responsáveis pela emissão de 50% do gás carbônico. Os três bilhões de pessoas mais pobres são responsáveis por apenas 6% das emissões deste gás (BERNHARDT, 2015).
A maior parte da população mundial vive em cidades. Apesar de ocuparmos uma pequena parte da superfície da terra, conseguimos consumir cerca de 75% dos recursos naturais globais e geramos 80% de poluição. Publicações de organizações ambientais mostram que estamos consumindo mais do que a capacidade do planeta de se regenerar, alterando o frágil equilíbrio da Terra. Segundo relatório da WWF, florestas tropicais estão desaparecendo: quase 20% da Amazônia desapareceu em apenas 50 anos. Assim como, em menos de 50 anos, houve um declínio de 60% do tamanho da população das espécies de vertebrados.
O relatório de 2010 da WWI conclui “sem uma mudança cultural que valorize a sustentabilidade e não o consumismo, nada poderá salvar a humanidade dos riscos ambientais e de mudanças climáticas”. (AKATU, 2010)
Algumas empresas e organizações já buscam formas de fazer com que o país se desenvolva de forma sustentável, a fim de garantir seu progresso sem comprometer o futuro. Reduzir a emissão de gases poluentes, diminuir a produção de resíduos sólidos, reutilizar efluentes gerados e outras medidas sustentáveis, estão entre as ações desenvolvidas para tentar equilibrar a crise entre sociedade, natureza e economia.
Legislações existem, mas é necessário um maior comprometimento por parte da população, sejam consumidores ou empresários. Além disso, os educadores ambientais buscam sensibilizar a humanidade para importância dos recursos para manutenção da vida, contribuindo de forma individual e coletiva com nossos valores sociais, nossas habilidades e competências, voltados para qualidade de vida e sustentabilidade.
De acordo com PADUA, (2013)
Educação ambiental é, sem dúvida, um dos meios mais indicados para se resgatar valores que incluem o respeito pela diversidade cultural e biológica, fundamentais para a conservação e para um convívio harmônico entre diferentes culturas e entre essas e a natureza.
conservação da biodiversidade