Figura 1: Desmatamento é uma das principais causas de perda de biodiversidade
Apesar destas incríveis conquistas, estamos enfrentando uma grave crise global da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, decorrente de impactos da mudança do uso do solo, exploração direta da biodiversidade e mudanças climáticas, que devem se agravar nas próximas décadas (Díaz et al., 2019). Alteramos tanto os ambientes naturais que marcamos na geologia do planeta uma nova época geológica, o Antropoceno (Steffen et al., 2007; Waters et al., 2016). Ações humanas já alteraram 75% dos ambientes terrestres e 66% dos ambientes marinhos, sendo que 1/3 das terras do planeta e 75% da água doce são destinados para o agronegócio (Díaz et al., 2019). A maioria das populações de espécies nativas terrestres apresentaram pelo menos 20% de redução desde 1900, sendo que mais de 40% dos anfíbios, 33% dos recifes de corais e 1/3 dos mamíferos marinhos estão ameaçados (Díaz et al., 2019). Hoje temos uma estimativa de 1 milhão de espécies ameaçadas de extinção, sendo que alterações no uso do solo e mar, pressões de caça e pesca, mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras são os principais fatores responsáveis (Díaz et al., 2019). A valoração de alguns serviços ecossistêmicos, evidenciaram impactos negativos econômicos da ordem de trilhões (4.3 - 20.2) de dólares por ano (Costanza et al., 2014) que não são adequadamente internalizados na economia. A degradação da terra reduziu a produtividade de 23% da superfície global, enquanto somente a perda de polinizadores ameaça US$ 577 bilhões em produções agrícolas anuais e a degradação dos habitats costeiros ameaça à segurança de 100-300 milhões de pessoas devido a enchentes e furacões (Díaz et al., 2019).
conservação da biodiversidade