Por: Eliane da Silva Fernandes Postado dia 25/05/2021Doutora em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Atua na área de Sistemas de Informação em Biodiversidade (Meta-análise), Bioestatística, Macroecologia e Avaliação de Impactos Ambientais em rios neotropicais
O ser humano demorou séculos para entender porque algumas espécies de ave, de tempos em tempos, desapareciam de um determinado local. Alguns filósofos e naturalistas do século XVI criaram diversas hipóteses para explicar esse desaparecimento intermitente dessas aves. Charles Morton, por exemplo, explicava que elas iam para a Lua. Já Olaus Magnus dizia que as andorinhas hibernavam no fundo dos lagos e Aristóteles afirmava que as aves se transformavam em outras aves. O segredo só foi revelado em 1822, quando uma cegonha foi achada na Alemanha com uma flecha no pescoço proveniente de uma tribo da África. Foi assim que se começou a entender que algumas espécies de aves viajam todos os anos e por isso elas somem. Para a época, essas eram as melhores explicações para entender a migração das aves. Mas a verdade é que a migração das aves (Figura 1) está sendo esclarecida até hoje.

Figura 1:Gansos-das-neves levantam voo no Refúgio Nacional de Vida Selvagem da Bacia de Klamath, em Oregon. Foto de Design Pics Inc, Nat Geo Image Collection.
Migração das aves é uma das grandes maravilhas da natureza; algumas voam por 11 dias sem parar, outras viajam quase 13 mil quilômetros, todos os anos, milhares de espécies de aves deixam seus habitats em busca de alimento. A maioria das milhares de espécies de ave que realizam essa migração anual viaja à noite, quando as correntes de vento são mais suaves e a lua e as estrelas guiam seu caminho.
Como as aves sabem o momento de migrar? Para algumas aves, mudanças nas condições ambientais, como a duração do dia, podem desencadear a migração através da estimulação hormonal, alertando-as que é hora de voar. Os relógios biológicos internos das aves também podem detectar a mudança das estações, utilizando pistas como mudanças na luz e, possivelmente, na temperatura do ar. Uma vez que as aves entram em modo de migração, segue-se um frenesi alimentar. Isso permite que elas acumulem gordura para suportar a viagem, afirma Lucy Hawkes, cientista de migração da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que atualmente rastreia andorinhas-do-mar-árticas. “De alguma forma, (as aves) sabem que precisam migrar em breve e começam a acumular gordura”, explica Hawkes. As condições climáticas locais e regionais, como chuva, vento e temperatura do ar, também podem influenciar as decisões sobre quando as aves migratórias deverão alçar voo.
Como as aves sabem o momento de migrar? Para algumas aves, mudanças nas condições ambientais, como a duração do dia, podem desencadear a migração através da estimulação hormonal, alertando-as que é hora de voar. Os relógios biológicos internos das aves também podem detectar a mudança das estações, utilizando pistas como mudanças na luz e, possivelmente, na temperatura do ar. Uma vez que as aves entram em modo de migração, segue-se um frenesi alimentar. Isso permite que elas acumulem gordura para suportar a viagem, afirma Lucy Hawkes, cientista de migração da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que atualmente rastreia andorinhas-do-mar-árticas. “De alguma forma, (as aves) sabem que precisam migrar em breve e começam a acumular gordura”, explica Hawkes. As condições climáticas locais e regionais, como chuva, vento e temperatura do ar, também podem influenciar as decisões sobre quando as aves migratórias deverão alçar voo.
A migração é uma estratégia adotada onde integra várias velocidades que depende de cada espécie dependendo das distâncias e que variam de acordo com cada localidade, podendo ser curtas ou longas. As longas viagens requerem que os animais possuam um grande poder de orientação, seguindo os fatores ambientais e fisiológicos.
Os animais podem migrar através dos ambientes terrestres e aquáticos, sendo os maiores migrantes as aves, em resposta às condições ambientais que mudam com o tempo e o espaço. Uma variedade de fatores pode levar à migração animal que necessitará percorrer curtas distâncias, incluindo migração para um ambiente hospitaleiro quando as condições locais são desfavoráveis (como redução do estresse nutricional e termorregulador); migração para encontrar parceiros e/ou locais de reprodução e reduzir a competição, predação, infecção ou parasitas.
conservação da biodiversidade