Quando escutamos o termo Paleovirologia, muitas coisas podem vir à nossa mente: Paleontologia, Vírus, Jurassic Park, Vírus de dinossauros? Apesar de todos esses temas serem extremamente interessantes, nenhum deles explica exatamente o que é Paleovirologia, mas podemos encontrar um pouquinho de cada um desses temas dentro dessa área, com exceção do Jurassic Park, infelizmente.
Paleovirologia é o estudo de vírus fósseis [1]! Err… mas o que seriam vírus fósseis? Bom, como sabemos, diferentes de organismos eucariotos (plantas, vermes, cachorros, dinossauros), os vírus não possuem uma estrutura física capaz de deixar marcas nos substratos geológicos ao longo do tempo, então como podemos identificar vírus fósseis? bem, para responder essa questão precisamos ter uma conversa rápida sobre biologia molecular e bioinformática.
É comum lermos, ou ouvirmos falar sobre o código genético dos organismos, ou o DNA, bom, resumidamente o DNA é uma molécula biológica (uma estrutura formada por átomos e que possui uma função dentro de sistemas biológicos) formada por quatro letrinhas, A T C e G. Essas letras formam longas frases, se intercalando e se repetindo. Essas frases podem não ter um sentido conhecido, ainda, ou podem trazer um tipo de informação específica, como a cor do nosso olho, ou a cor, ou as cores, do pelo do seu animal de estimação, é o que conhecemos como genes.
Essas frases podem estar agrupadas ainda capítulos, como num livro, que são conhecidos como cromossomos e estes capítulos podem compor um livro, ou melhor, um manual de instruções, o que chamamos de genoma. Esse manual de instruções, o genoma, possuem toda a informação necessária para um organismo ser desenvolvido. Então você tem seu genoma, que é 99,9% idêntico ao meu, e ao do seu vizinho (essa porcentagem varia com os seus parentes), que também é 96% idêntico ao genoma do chimpanzé, ou 90% idêntico ao do seu gato, se você tiver um gato [2].
Paleovirologia é o estudo de vírus fósseis [1]! Err… mas o que seriam vírus fósseis? Bom, como sabemos, diferentes de organismos eucariotos (plantas, vermes, cachorros, dinossauros), os vírus não possuem uma estrutura física capaz de deixar marcas nos substratos geológicos ao longo do tempo, então como podemos identificar vírus fósseis? bem, para responder essa questão precisamos ter uma conversa rápida sobre biologia molecular e bioinformática.
É comum lermos, ou ouvirmos falar sobre o código genético dos organismos, ou o DNA, bom, resumidamente o DNA é uma molécula biológica (uma estrutura formada por átomos e que possui uma função dentro de sistemas biológicos) formada por quatro letrinhas, A T C e G. Essas letras formam longas frases, se intercalando e se repetindo. Essas frases podem não ter um sentido conhecido, ainda, ou podem trazer um tipo de informação específica, como a cor do nosso olho, ou a cor, ou as cores, do pelo do seu animal de estimação, é o que conhecemos como genes.
Essas frases podem estar agrupadas ainda capítulos, como num livro, que são conhecidos como cromossomos e estes capítulos podem compor um livro, ou melhor, um manual de instruções, o que chamamos de genoma. Esse manual de instruções, o genoma, possuem toda a informação necessária para um organismo ser desenvolvido. Então você tem seu genoma, que é 99,9% idêntico ao meu, e ao do seu vizinho (essa porcentagem varia com os seus parentes), que também é 96% idêntico ao genoma do chimpanzé, ou 90% idêntico ao do seu gato, se você tiver um gato [2].
Pois bem, mas o que tudo isso tem a ver com a Paleovirologia? Bem, os genomas são literalmente representados pelas 4 letras (ATCG) dentro de um arquivo de computador, será que podemos comparar as frases presentes no genoma da espécie humana (Homo sapiens) com as frases do genoma de um vírus? e a resposta é: sim, podemos! Esse é um tipo de análise que podemos fazer dentro da bioinformática, uma área que utiliza ferramentas (“programas de computador”) para analisar dados biológicos, e os genomas dos organismos são um dos diferentes tipos de dados que podemos analisar dentro da bioinformática.

Figura 1: Figura 1: Adaptação não literal de http://www.beatricebiologist.com/ .
E onde entram os vírus fósseis nessa história? Os vírus não deixam registro geológico, porém eles deixam marcas de infecções passadas no genoma dos seus hospedeiros, pera, como assim? Sabemos hoje que quando um vírus infecta um organismo, frases, ou seu manual inteiro (seu genoma), podem ser transferidas para o genoma do seu hospedeiro, em evento descrito hoje como Endogenização Viral (o vírus HIV, por exemplo, faz esse processo como parte do seu ciclo de replicação), o que gera Elementos Virais Endogenizados, ou EVEs, os famosos vírus fósseis.
conservação da biodiversidade