Por: Frederico Drumond Martins Postado dia 09/11/2020Analista Ambiental
Base Avançada - MG
ICMBIO - MMA
O motivo da minha saída de Belo Horizonte foi ter sido aprovado em 2002 no concurso público para analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Essa época foi, uma época considerada importante para a gestão ambiental brasileira, devido ao fortalecimento institucional do IBAMA, por meio de 915 vagas preenchidas por profissionais de nível superior, a maioria formada na região sudeste e destinada a trabalhar na região Norte do Brasil.
Morei na Amazônia entre 2003 e 2017, primeiro em Marabá e depois em Carajás, Sul do Pará, região rica em história e conflitos: foi ali que aconteceu a guerrilha do Araguaia, o garimpo de Serra Pelada, o Projeto Grande Carajás, o massacre de Eldorado dos Carajás, o assassinato de Irmã Dorothy, entre tantos outros infaustos acontecimentos (nem todos amplamente divulgados). Marabá já foi conhecida como “capital do polígono das castanhas” e “capital do arco do desmatamento”. O primeiro apelido se referia à alta densidade de árvores da espécie castanha do Brasil ou castanha do Pará (como preferem os paraenses) e o segundo se refere ao centro motivador do desmatamento na Amazônia que no mapa dá a impressão de um arco demarcando a divisa de áreas florestadas e não florestadas (Figura 1). Em razão da segunda alcunha já não existe mais o polígono de castanhais no Sul do Pará e também devido ao intenso desmatamento, a capital do “arco” deixou de ser Marabá, migrando para Itaituba-PA e depois para Humaitá-AM.
conservação da biodiversidade